Tuesday, December 27, 2005

Two bottles of beer in a wall

Engraçada é a recordação que guardamos das nossas vidas. É o super-homem, o macross, e a bola de basket.
Estou completamente alianado, alterado e subverso. Não procuro lugares nem estações.
Quero ser composto, imaterial e feito de luz.
Exposto no sol vou ver....e viver...

shiaattttt!!!!

Monday, December 26, 2005

NAS

Contemplating war niggas
I was cool with before
we used to score together
Uptown copping the raw

But a thug changes
And Love changes
And best friends become strangers...

Sunday, December 25, 2005

Not lost in translation

"I don't want to open the book if I can't keep flipping the pages..."

Nuff said...ainda assim...

Friday, December 23, 2005

A 7 dias do inicio

Bem não estamos ainda bem no fim do ano, mas decidi fazer já um flashback do meu ano... Fui operado e no entanto estou a jogar ainda melhor que antes... fiquei solteiro, mas sinto-me muito mais completo... A cova do vapor voltou ao activo! Matei saudades, mandei novos voos e voltei a apaixonar-me... Voltei a encontrar os amigos do meu coração!!!

Momentos chave? Para mim agora, e sem nostalgias... Aquele fim de semana em Sagres... o "Mar adentro"... aquelas mãos tão perfeitas...
E espero eu a passagem de ano em Nova Iorque.

E que 2006 seja ainda mais intenso!!!

Wednesday, December 21, 2005

A escrita na palma da mão

A definição de tal espectro não passa pelos "ondes", "quandos" e "comos"... Não são as especificidades fisicas e psicológicas que tornam a pessoa bela, ou melhor, que transportam a beleza de um ser. Não existem factores, apenas um inumero de reacções de proximidade com um segundo elemento que absorve pequenas porções análogas a si mesmo, seja por antitese, ou semelhança.
É um acto puramente subjectivo, nunca universal e único...

Exterioriza-se num olhar, na sua intensidade. Transforma-se numa carícia, numa cócega. Cresce com um abraço... Expõe-se num só momento...

Não encontro uma resposta, estou certo que o importante não se encontra numa definição, ou assenta num conceito. Às vezes apenas o percurso é relevante...

Monday, December 05, 2005

E.T. phone home?

Bem, são 4 da manhã e antes de me deitar decidi fazer uma busca no google de imagens com o meu nome...Deu nisto...

Podia ser pior...

Saturday, December 03, 2005

Thursday, November 24, 2005

Fotografia

Começo agora a perceber que os portugueses têm uma paixão pela fotografia e que existem fotografos nacionais que expôem trabalhos de elevada qualidade, vejam por exemplo o portfolio de Fernando Guerra.

Vale mesmo a pena...

Wednesday, November 23, 2005

Still down

Existem sons que passados anos continuam a vibrar dentro de mim. Um exemplo, "Bell of War" dos Wu-Tang Clan, uma fusão perfeita das rimas com os samples. Só ouvindo...

Monday, November 21, 2005

O berço da globalização do HipHop

Quem leu a reportagem sobre a "geração do Hip-Hop" na Pública deste domingo, e ao mesmo tempo percebe realmente de hiphop facilmente interpreta as barbaridades escritas na reportagem. Querem falar de Hip-Hop e metem o 50 cent no centro do palco...É ridiculo e um insulto ao movimento Hip-Hop. O mesmo acontece com "rappers" como o nelly ou os black eyed peas (nopes, recuso-me a usar letras maiusculas para essa merda...). De facto não é a cultura HpHp que está na moda, mas sim os produtos que advêm da total comercialização, é puro marketing.

Podiamos dizer que tudo começou com o Eminem, mas não, a imposição do Rap nos mainstreams comerciais inicou-se mais cedo. Nos Estados Unidos começou com o albúm de Snoop que apresentou o G-funk ao US, com uma groove única e altamente fluida... Depois artistas como LL Cool J, numa corrente mais romantica e soft do Rap, e Tupac e Biggie, com uma critica profunda à sociedade americana no geral, mas também à comunidade negra, saltaram para o "spotlight". Digo que foi aí que a cultura HpHp se começou a afirmar, porque na primeira metade da década de 90 viu-se a criação de movimentos Anti-Rap, querendo mandar de novo este estilo para o "underground", culpando os artistas de patrocinarem a violência e a marginalidade. O poder do HpHp foi tal que misteriosamente os maiores MC´s de sempre foram assassinados sem encontrados os responsáveis. Foi tudo culpa da guerra Westside-Eastside...
Para depois a MTV juntar as mães de Tupac e de Biggie para apelarem ao fim da violência nas ruas americanas. Realmente a história da sociedade americana é rica em incidentes "convenientes". Que sorte, acho que pedir nacionalidade americana...

Não me venham dizer que o HpHp agora está no seu auge, nunca...o auge do HpHp aconteceu na segunda metade da década de 90, com Tupac e Bigge a lançarem os seus melhores albuns já nas suas campas. Mas também com Nas, com "Illmatic" primeiro e depois "It was written", e Jay-z com o seu intemporável "Reasonnable Doubt". Estes anos representaram o auge criativo do Rap, com o inicio das fusões com o Hardcore, os grandes Remix de JD e Puff Daddy...e o declínio de Dr. Dre, com este a pensar "Nunca devia ter deixado a Deathrow...".

Os 50 cent´s e as "ervinhas com olhos pretos" são coisas, não são HpHp. Navegam em marés seguras e formuladas, de forma a extrairem a apenas a epiderme do Rap. Não meto em causa a qualidade das suas produções, mas quem é que quer uma Mulher linda sem qualquer tipo de inteligência? ...Pois, aí está o problema...
Se querem ouvir os melhores albuns do ano de HpHp, comprem o ultimo de Common ou Kanye West. São profundos, com produções "topnotch" e transcendem os conceitos do HpHp. Porque na verdade a cultura HpHp e o Rap são instrumentos que devem despertar a nossa mente e pôr em causa os quadros sociais que nos são impostos.

Mas o Rap é fundamentalmente feito de bandas e artistas menos conhecidos que elevam os indices de qualidade para novos patamares, como os "Tribe Called Quest", os "De la Soul", o Guru, os "Lost Boyz", e muitos outros...mas por favor não deixem mais estrelas da NBA gravar cd´s de Rap. Ok Iverson? Fica-te pelos crossovers com a bola de basquet...

Por aqui vai rulando o cd de Q-Tip "Amplified"... Afinal os Neptunes não inventaram nada...

Estou a ficar em NY state of mind...wonder why?

Sunday, November 20, 2005

"Pierrot Le Fou" de Gourdard


De facto não interessa daonde a estrada vem nem para onde vai...os acidentes apenas acontecem num estado presente...

Sermoções

É já incontrolavel, exterior ao meu ser e sem qualquer tipo de abstracção... Mãos frias, mãos frias, mãos frias, mãos frias... Em todos os pormenores...tenho q deixar de ser tão observador... Será que causa danos cerebrais?

Thursday, November 03, 2005

I just can´t stop




Seja numa pista de dança vazia, numa disco cheia, no meu quarto, assim que aquela groove invade o meu corpo começo a respirar fundo e a desenhar movimentos no ar. Imediatamente sinto a minha alma preencher-se, a suspirar ao ritmo daquele beat mágico. Seja Levert, JD, Tony Allen, Alicia Keys, Tupac, DJ Clue, Biggie, Next, Lost Boyz, não sei, tantos e muitos mais...Seja o que for, tou disposto a fechar os olhos e a vibrar.



Agora subindo um patamar...
Estar na pista com os meus homies e sistas a curtir numa rodinha, cada um de nós a expressar aquele sonoro, cada um de nós a checkar quem se encontra nesta febre...

Ou...
Eu a sós com aquela figura feminina que em cada movimento me faz sorrir e me seduz, numa dança a dois, num ritual sensual, com um toque de erotismo...O momento perfeito no som perfeito.

Chamem-lhe o que quiserem, digam que sou maluco ou que só quero é outras coisas...mas depois experimentem...

Só peço que no dia a seguir voltem a ler este Post...

Sound system Tuga

Exausto e sem quase conseguir manter os olhos abertos vim ao blog escrever sobre esta noite que agora chega ao fim...
Os Phil´s, mais conhecidos como os Phillarmonic Weed são de facto uma banda que se alimenta de um feeling que hoje parece ser raro encontrar. Não se trata de ser uma fusão de reggea com Afrobeat, música africana, jazz, blues. O que se encontra quando eles abrem o seu livro em palco é um estado de espirito único que não vale a pena dissecar a um género ou a um beat. Ouve-se, sente-se e respira-se....

Que todas as noites eu vá dormir a sentir o "puxa lá" a palpitar-me nas veias...

Tuesday, November 01, 2005

It´s been a week since...

Life is out of control, signs are read too fast and smiles fade without a feedback. My life is swimging to shore without fear of drowing itself, all I want is to catch the swell...

I realise now that I can´t really run anything, that control illuded me into a false sense of hope crashing me so hard that no piece of me was left. Anyway, I could talk all day about what goes inside, but what truth will I get from it, what would it tell me? I don´t need to think, I don´t want to think, I don´t know how to feel and I sure can´t feel what I am...

I don´t need any references to get where I am, as far as my heart goes... that´s where I stand...

Saturday, October 29, 2005

O espaço do agora

Não existem momentos chave nas nossas vidas, o mito do flashback em que decidimos seguir certo rumo na nossa esfera. O que existe é o acordar do nosso interior para a realidade e a aceitação da nossa existência como ela é, fisica, espacial e emocional. Quem sabe do que eu falo, sabe que o futuro não representa absolutamente nada e reconhece que tudo reside enquanto respiramos, pensamos e agimos. Todas as demagogias e a análises que implicam uma projecção numa realidade virtual próxima não passa disso mesmo, realidade virtual.

É de facto dificil viver sem pensar no momento a seguir, mas a maior angustia é aquela em que sentimos que nunca estamos presentes e somos espectadores nas nossas próprias vidas. Isto vai desde as coisas mais simples aos momentos mais intensos. Desde ouvir uma música que nos aquece o coração, ao saborear o vento que nos caricia a cara, até à troca de olhares que repente emana um amor dentro de nós...

A vida não é uma história para ser contada, não tem argumento e os actores, se existem, estão então mortos por dentro. A vida é um anel de emoções e uma sequência de um todo que flui exterior a nós próprios. Viver para mim não consegue conter metáforas, poemas, nem retratos, e sei que não vou existir o tempo suficiente para respirar todos os planos deste universo. Portanto, a vida não encontra uma definição a não ser por negação das partes que não lhe são complanares....

Espero apenas, quando deixar de existir não precisar de recorrer à minha memória para fechar os olhos, sorrir e morrer pleno...

Saturday, October 22, 2005

Can anyone actually read this crap????

Still runnin'

May words tell us time is not a lie...May time show us words are still heard...May smiles be felt...May hands feel harm...

Not trying to tell anything here, but still gotta run deep into the world to find some truth, if only all was nothing.
I guess it all too fast, Reality is longer made to be lived...

My question is, can moments survive at this speed?

Thursday, September 08, 2005

Jonh Legend

We might fall in love or crash and burn
We might feel it's pain and take what we earn
We might run, close and colapse
We might breed, love and peharps...

Hold on to yourselves
Make others love themselves

Life doesn't get crazy cuz it should
Life take us for a spin as we set it's mood
Life's vision, a love, our thing
Life sets if off, live it's dream...

We oughta, we coulda, and gonna
I gotta, you shoulda, they wanna...

Saturday, September 03, 2005

In Da Club

Dançámos, trocámos olhares no escuro latente... Ao som de um beat o calor subia e os nossos corpos aproximavam-se... Agitado e sem saber agir, tomei-te nos meus braços e os nossos lábios fixaram-se, os olhares tornaram-se profundos... Fechei os olhos e percorri as tuas ancas com o meu toque, respiraste mais fundo... Mais um som gritava, em mais um sample rolávamos, esqueci quem era e dei lugar a uma paixão...

Ontem foste a minha música... Dancei ao ritmo da tua beatbox... Foi uma noite... Um som... Quase um romance...

Tuesday, August 30, 2005

One Minute Man

Ontem numa conversa com uns amigos cheguei à conclusão que existem coisas para o qual nunca sabemos o nome. É engraçado porque são palavras perdidas que podem significar qualquer coisa. Podemos criar insultos, "Vai para a cornija!!!!", ou "Levas um murro na Alcaparra!!!". Milhares de palavras tão pouco conhecidas pelas pessoas nas quais podemos divagar, inventar conceitos, mimos e piadas... Pela fonética, pela semântica, por tudo e por nada. A língua é algo que precisamos para comunicar, mas quero descomunicar!!!

Falar sem sentido, criar um universo fora da lógica e numa realidade sem construção. Submergir num espirito novo, em que todos os sons não são falados em preconceito!!!! Fugir daqui, da gravidade, da física, da gramática, voar até á lua e cair em Marte!!! Tomar banho no Sol e deixar o cérebro encostado à Estátua da Liberdade!!!! Construir nada em parte alguma, caminhar sobre o sangue das orquídeas e comer lascas de madeira... Fazer amor com um pacote de pastilhas, e deixar que o telemovel seja a nossa máquina de lavar!!!!!

Bem...tenho que voltar ao trabalho...

Monday, August 29, 2005

"Wonder Wall" - Cover de Ray Adams

Este últimos dias têm sido uma montanha russa, ou um electrocardiograma, a analogia que preferirem... Dias intensos, situações inesperadas, golpes de azar e algumas lágrimas à mistura. Vivi as duas semanas mais peculiares dos últimos tempos, o que por si só improvável tendo em conta os passados meses da minha vida.

Estou confuso, é verdade, e parte de mim está dividida, mas mesmo sem saber o rumo da minha vida, quero estar aqui, viver no agora e saborear todos os seus segundos, não, todos os meus segundos. Apesar de não puder dizer que eu sou a minha existência, visto ser o espelho de quem me toca. O que posso afirmar é que eu vivo agora.

Oiço o agradável dedinhar na guitarra da música que chega à minha alma, canto a sua letra como se tratasse do meu karma, fecho os olhos porque ela me faz sentir bem.
Sinto que vivo um momento agradável, passaram-se minutos...

Pergunto-me se vale a pena carregar no "rewind"....

Friday, August 19, 2005

A paixão dos 3 dias

O dia de hoje não devia ser cinzento no meu coração. Mas ao chegar ao trabalho recebi a noticia que a cachorrinha que todos os cuidados e mimos recebeu para sobreviver, ontem à noite partiu...Choro é verdade, a morte não deixa de ser menos dolorosa por ser um animal. Mas dentro de mim guardo a memória de um ser que mesmo frágil e débil se mantinha vivo, e conseguia ainda revelar um brilho nos seus olhos. Sinto que para a morte daqueles que nos tocam ter algum significado temos que nos agarrar à vida com todas as nossas energias.

Hoje é um dia cinzento, um dia de meditação, mais um dia das nossas vidas.
Hoje não sei se vou conseguir sorrir...Hoje nem sei o que é rir...
Hoje precisava de um abraço, talvez também de uma carícia...
Hoje sinto a tua falta...
Pensar... Hoje não... Sinto apenas...

Thursday, August 18, 2005

"Uaranco"

O tempo corre e nós nem damos por ele... Esta jóia que em tempos era um pretexto para namorar e sonhar, agora é um ser bem real. Ainda pequenina com 3 anos, corre à volta da mesa da sala de jantar à procura de como puxar uma das cadeiras para que possa olhar para a rua. Assim que consegue engenhosamente fazer uma das cadeiras deslizar sobre o tapete que foi roubar à maquina de lavar, lança os seus olhos pela janela e fixa-se no primo, já com 7 aninhos. Acelerado e ansioso procura entrar no prédio para experimentar o jogo novo, que a mãe quase obrigada lhe comprou, de forma a ele puder desbundar do HDTV-LCD do tio com 120 centímetros de diagonal.
A pequenina, já fora da cadeira e zarpando até ao escritório, puxa agora as saias da mãe, que felizmente hoje teve folga por ter feito no dia anterior um banco de 24 horas, para que vá abrir a porta ao primo e à tia. A mãe sorrindo e fechando os olhos revelando uma expressão meiga, poisa-lhe a mão nos cabelos encaracolados e gentilmente passa os dedos por uns dos tótos como que dizendo "calma melguinha...". Toda derretida a bébé acalma, levantando o pescoço e fixando os olhos de caramelo da mãe diz num português completamente enrolado:

" - Mama, gosto muito dete vetido uaranja...mas o branco é nito também...."

Tuesday, August 16, 2005

Dança do ventre

Ela move-se num espaço seu, desvenda movimentos suaves que fazem a luz vibrar, respira intensamente como se cada fôlego fosse o último. Em cada som ela faz-se feliz, por cada batida ela segue o seu sentimento. A música expõe-se em todo o seu corpo, como se toda ela e ela mesma fizessem amor. É um acto puro e sem intenções, uma acção que vale e não procura nada...

Quem olha deseja estar ali com ela, quem a conhece sabe o que é estar ali com ela...O desejo torna-se insuportável. Todo o meu corpo procura encontrar o teu movimento, sentir o teu respirar no meu pescoço, agarrar as tuas ancas e fugir nas suas espirais. Cedo ao sonho...ele que tão me faz ansioso...mas é ela, a realidade...que em tudo me faz sentir vivo...

Eu danço também, sim, adoro dançar. Fico perdido sem medos, fecho os olhos porque sei que a música estará lá para mim...E tudo o que interessa é dançar... Chegar ao fim da noite cansado de tanto vibrar, cair na cama e sonhar...mas é o acordar que me torna intenso, porque apartir dele eu sei o que é real, e que mais uma vez levará o teu sorriso ao encontro dos meus olhos.

Monday, August 15, 2005

U-Turn Parte 2, 3, 4, 5, ...

Sinceramente, não esperava que existisse tanta gente a ler este blog, considerava este o meu cantinho do universo onde, esporádicamente, alguém passava os olhos pelos meus textos. A razão pela qual deixei de escrever continua a ser verdadeira, mas alguém muito especial para mim fez-me ver as coisas de outra forma. Porque não agora partilhar esta realidade que me é exterior e bela em oposição aos escritos anteriores, que se mostravam egocêntricos, mancos e despromovidos de qualquer vontade de viver.

Não quero ser presunçoso e pensar que estou a fazer um favor ao mundo ao escrever aqui. Não sou o Dali Lama, nem nenhum ser superior. Não quero criar dogmas, nem ditados.
Sim, este vai continuar a ser o meu cantinho, mas não um escape. Vou partilhar e revelar as partes que me fazem respirar fundo e sentir feliz...

Além disso, sabe sempre bem escrever qualquer coisinha nas horas mortas do trabalho...

Tuesday, August 02, 2005

U-turn

Depois do post de ontem, da descrição do que este espaço significava para mim, hoje, e depois do que aconteceu ao fim da tarde, perdi a necessidade de deixar o meu pensamento fluir durante breves momentos...
Nunca pensei que fosse possivel, não tão cedo de ter despertado, não, nunca pensei ser possivel...Não vou escrever sobre o sucedido porque não consigo e porque não encontro razão para o fazer, nada posso materializar que possa dar a mais pequena porção daqueles momentos...

Provavelmente nunca mais irei escrever neste blog, não quero torná-lo num diário, nunca foi essa a minha intenção - deixo a minha vida para aqueles que tão docemente me aceitam no seu unverso - e aliás, ele foi formado sem qualquer tipo objectivo. Talvez um dia volte a lê-lo, como recordação, ou para me fazer lembrar que "não há homem que seja mais diferente de outro do que de si próprio nos diversos tempos".

Monday, August 01, 2005

Virtualmente comparando

A minha frequência de post´s está a aumentar. Assumo que este espaço impessoal e distante de certa forma conforta-me, e cria o afastamento que às vezes preciso de tudo o que se passa dentro de mim agora...Encontro-me numa nova realidade e por vezes surgem tantas novas coisas que preciso de me reconher.Não procuro fugir a nada, sei que isso é impossivel e que mais cedo ou mais tarde teria que lidar comigo mesmo. Escrever aqui não me trás alegria, não cresce nenhum amor dentro de mim e não desperta qualquer emoção em mim. Talvez seja mesmo por isso que alguns minutos por dia me dedico a este espaço. Enquanto escrevo a minha mente fica cheia de pensamentos vazios, ou vice-versa, dependendo do ponto de vista...

Voltando à minha pessoa, lembro-me de à 6 anos atrás ter prometido a mim mesmo nunca voltar a passar por aquela dor, aquela angústia cortante que me fazia por vezes perder os sentidos. De facto, aquela dor nunca voltou, o que sinto agora não tem nada de comparável com aqueles momentos. Nao é uma multiplicação dessa emoção, nem uma evolução exponencial - Rosa, compreendo agora quando me dizes que não existem emoções negativas, são todas fontes do mesmo algo, e esse algo é puro e imparcial. O seu nome não sei, talvez amor, mas sinceramente não consigo dar uma palavra a algo que não alcanço totalmente - A aquela dor no passado de facto podia ter me despertado, mas não, reagi fugindo para um mundo de alcool, drogas e prazeres imediatos...

No entanto passados 72 meses cresceu dentro de mim algo. Uma emoção tão intensa que para respirar preciso de todas as minhas lágrimas. Não consigo descrever toda a energia que flui pelo meu corpo, só estando cá, só sentindo... É como disse uma nova realidade, aonde tudo percorre exterior a mim. É isto o fundamental, saber que não sou, sentir que apenas estou... É por isso que digo que não ter referências interiores, nem viver fechado e centrado em mim é novo para a minha pessoa, e por vezes a minha mente foge ainda para este passado. Mas sei agora o que posso ganhar com os meus olhos bem abertos e livremente perco o receio...

Medo não posso ter, não quero que a minha alma volte a colapsar...

Sunday, July 31, 2005

PostSecret

Visitem o Blog "PostSecret" e vão verdadeiramente sentir o que é...

"You are invited to contribute your secrets to PostSecret. Each secret can be a regret, hope, experience, unseen kidness, belief, fear, betrayal, desire, feeling, confession or childhood humiliation. Reveal anything - as long as it is true and you have never shared it with anyone before."

PostSecret


Fisiologia emocional

É um dos factos que nos distingue dos outros seres, a mutabilidade do nosso sistema consoante o nosso estado de espirito. Presentemente não sinto qualquer vontade de comer, não é que esteja em depressão ou com o desejo de me matar. Simplesmente não consigo dar resposta ao meu apetite, de forma que, comer é tudo o que não me apetece fazer. O mais incrivel é que não me sinto com falta de energia, o que faz me ponderar que talvez damos valor a mais à nossa alimentação. Se calhar enquanto tiver reservas de gordura no meu corpo vou continuar a ter a mesma energia de sempre, sem ter necessidade de pôr um único alimento à boca.

Ou então é algo de mais profundo, porque não? O meu corpo neste momento sente-se concretizado no momento e portanto não dá uma resposta fisiológica à falta de energia. Quem sabe? Talvez até esteja a produzir uma reacção endotérmica que faça com que eu absorva toda a vitalidade que me rodeia. Ou talvez não...talvez apenas estou aqui e agora, e não consigo compreender a necessidade humana de dizer que: "faço isto porque acredito no futuro, ele naturalmente me trará algo de bom". Então nem é uma necessidade, mas sim uma imposição da nossa aprendizagem.

Conservo-me no meu jejum, e isto é o mais importante. Não se trata de um sacrificio, nem uma penitência pelos pecados do meu passado. Talvez um dia o meu corpo se encontre de novo neste universo. Agora, apenas me movo enquanto espirito, escavando o meu interior, extraindo todo o sumo do que reside dentro de mim. Permaneço imóvel e respiro fundo...O amanhã, esse é como a eternidade, apenas posso pensar nele amanhã...

Thursday, July 28, 2005

Krishnamurti

No passado, hoje seria um daqueles dias que sentiria que a vida se recusa a sorrir para mim...Acordei da forma mais violenta para o meu coração, o sol recusa-se a aperecer e a chuva tomou o seu lugar...

Mas não, hoje é daqueles dias que me sinto mais vivo, não porque o futuro se compôe próspero e cheio de alegrias, ou porque ontem tive o jantar mais romântico da minha vida. Estou vivo, porque sou pleno com a minha solitude.
Quem disse que para viver a vida ao máximo temos que morrer uma vez enganou-se. Para
vivermos, temos que morrer sim, mas uma vez só não chega. Para estarmos presentes aqui neste universo, temos que perder referência de tudo os que nos rodeia, da pessoa que amamos, dos nossos filhos, de todas a falsas seguraças que o nosso pensamento gera para que nos sintamos adaptados a uma sociedade que nos é exterior.
É perigoso racionalizar o nosso presente no futuro, o futuro é algo que não existe, não é, não foi e constantemente deixa de ser. Como alguém muito inteligente disse:

"O pensamento é o resultado do ontem que passa pelo hoje em direcção ao amanhã.(..)Afinal de contas, a maioria de nós é terrivelmente solitária. Você pode ter uma ocupação interessante, pode ter uma familia e muito dinheiro, pode ter o amplo conhecimento de uma mente cultivada; mas se você colocar isto de lado quando estiver só consigo mesmo, conhecerá esta extraordinária sensação de solidão.(...)E dessa negação , desse vazio total, surge a criação."

Se nos chamamos de seres inteligentes, então porque é que ainda deixamos que todas as preocupações do futuro nos controlem? O nosso pensamento é um desperdicio se for imperativo porque não está moldado à nossa existência...Na mente e no inconsciente, aí reside o verdadeiro ser...

Hoje o sol não deu um ar da sua graça e o céu chorou o seu fado....
Hoje tudo mudou e volto para a minha casa apenas por 1 dia com uma mochila cheia de comida e roupa suja...
Hoje sei que tudo o resto não importa...
Hoje sinto como é sublime a fluidez com que as gotas da chuva se unem às massas terrestres.
Hoje vejo que esse movimento que por si não significa nada, mas que me faz amar toda a existência...

Tuesday, July 26, 2005

Amanhã

À uns tempos atrás viva o dia inteiro à espera daqueles instantes que me fizessem sentir vivo, tinha os meus escapes: a minha namorada, o desporto, por vezes outras coisas simples, como o calor do sol a bater-me na cara. Mas não passavam disso, de instantes, era como se nas 24 horas do meu dia, eu apenas estava acordado 20 segundos. No momento em que fazia um drop, quando recebia um sorrido seguido de um beijo e pouco mais...
De facto, estes instantes possuiam uma força incrivel, fugida de todos os preconceitos e medos, e deixava-me perder, esqueçendo o tempo. As palavras chaves nesta altura da minha existência eram essas exactamente, fugir, perder, esquecer. O que sentia era verdadeiro, não posso em causa isso, mas exterior a isso, todo o contexto que me levava a sentir assim era falso, egoísta e profundamente amargurado.

Compreendo agora que não preciso de ter escapes, basta-me respirar fundo e fechar os olhos, escutar e sentir tudo o que me rodeia e imediatamente volto a encontrar o meu pequeno lugar neste universo...Se por um lado, fico triste por perceber que posso ter perdido muita coisa importante na minha vida por ter acordado apenas agora, sinto que sou, apartir de agora, uma pessoa capaz de amar e ser feliz como nunca.
Não me elevei a um nível de consciência superior aos outros seres, não me tornei energia pura, nem sequer deixei de senti a dor. Não sou um humano especial, não sou alguém nem niguém. Tentar justificar os nossos actos em razões de orgulho não é solução...Apenas estou vivo e respiro.

Amanhã quando me deitar sei que o sol vai nascer no meu dia depois de amanhã...outra vez...

Tuesday, July 19, 2005

Ser

Agora começo a descobrir que procurar razões para viver é inútil...Não vivemos presos às nossas razões, existimos porque encontramos exterior a nós algo que faz com que o nosso corpo nos obrigue a respirar, algo que sempre que inspiramos faz-nos querer voltar a abrir os olhos. Posso falar da nossa consciência, posso falar da natureza que nos rodeia que nos faz ter uma consciência, evocar o sol que faz com que a natureza exista em toda a sua plenitude, olhar o universo que organiza toda a sua infinidade para que o sol nos possa fazer existir...Tudo tem um sentido dentro de si e não existe sem se transformar quando se faz existir...

Citando a tua frase favorita:

"Nada se perde, tudo se transforma."

Monday, July 18, 2005

In "Broken Wings"

"How ignorant are those who imagine that love is born from long association and unbroken companionship. True love is the daughter of a spiritual understanding, and if that understanding is not achieved in a single moment, it will never be attained – not in a year, not in a whole century."

Kahlil Gibran

Saturday, July 16, 2005

O próximo passo

Tá decidido, vou meter o meu corpo numa câmara de criogenia e peço para me acordarem apenas quando o mundo tiver a acabar para sentir como é que é viver a vida num só momento...sem hipóteses de sentir o instante seguinte.

Eu já sabia que mais cedo ou mais tarde o meu espaço 2-6 ia acabar e que tudo ia voltar ao mesmo...

Obrigado Carlos, por estares ontem comigo no carro...não estava com sono, nem ia adormecer, ter-te dentro do meu carro foi o único motivo para eu não me armar em Ayrton Senna e oferecer-me a um muro de betão qualquer...

E esta...hei?

Friday, July 15, 2005

Finding Number 6

Words of Hatred dwell in my heart
With no beat I scream them out
Afraid of myself rumblin' in the dark
With no love, no life, there's no doubt

If I die tonight...
I won't be afraid of the light...

Tuesday, July 12, 2005

...Antes fosse o dia depois de amanhã...

Um dia hei de sair de casa e sentir que entrei para o mundo...um dia hei de respirar fundo e sentir que estou em casa...um dia hei andar descalço e sentir o coração quente...
Todos os dias sinto que talvez que seja esse dia, mas todos os dias sinto a desilusão e a esperança de aguardar pelo dia seguinte. Neste momento respiro fundo de desespero, apenas sabendo que felizmente o dia está quase a chegar ao fim...será amanhã?


Aguardo...mas já sei exactamente o que vou sentir...

Sunday, July 10, 2005

...Revelações...

Sem qualquer expectativa do dia que inevitavelmente há de surgir sinto-me mais que perdido, talvez esquecido. Não falo daqueles que me rodeiam, da minha família, dos meus amigos, não...Esquecido por mim mesmo (se qualquer tipo de narcisismo), deixado à deriva por todas as coisas que em certos momentos da minha vida achei que eram imperativas. Agora neste lugar que considero o meu canto, aonde sei que são poucos aqueles que lêem este blog, e que quem o lê conhece-me melhor que a minha própria progenitora (no meu caso, a palavra mãe não é adequada), quero revelar alguns constragimentos que sinto à bastante tempo.

Primeiro, se provavelmente fosse uma pessoa com a coragem suficiente, agora não passada de uma memória no coração daqueles que sabem que sou mais que uma existência...Sim, quase todos os dias penso em morrer, e existem dias que quando dou por mim tou a fazer o balanço entre os prós e os contras de me suicidar...

Segundo, e como consequência do gravamento da primeira condição, à meses que ando em companhamento psicológico que apesar de ser uma das pessoas mais inteligentes que alguma vez conheci, não consegue fazer passar a totalidade da sua mensagem por uma simples razão. Desde do primeiro encontro que tive com o Prof. Edgar consigo descodificar todo o jogo que ele tenta desencadear no meu psicológico, de forma que todo o seu discurso se torna extremamente artificial na minha cabeça...

Terceiro, e pegando no fim da segunda "revelação", recentemente fiz um teste de QI, e fiquei desagradávelmente surpreendido com o resultado. Não vou dizer o valor numérico do teste, porque não quero dar a entender que sou mais que os outros. Apenas quero dizer que de tudo o que se passa dentro de mim, este teste apenas foi amargurar todo o meu espirito, não pelo que ele representa, mas sim pelo fardo que ele gera...

Estou numa fase complicada da minha vida, e cada vez sinto mais que se não consigo encontrar uma charneira para dar a volta á minha vida, poucos são os dias que me restam para escrever neste blog e no diário das vossas vidas...

Wednesday, June 29, 2005

Aberto das 2 ás 6...

Eu compreendo porque é que espero todos os dias pelas horas de lá estar...É dos poucos lugares aonde posso existir, sem alguma vez ter sido. É como se me pudesse reinventar, ou pelo menos ser sincero sem ter que pensar nas merdas que já fiz, nas mentiras que já contei ou nas pessoas que noutros tempos magoei.

Eu sei, eu sei que o fim está próximo, isso porque o lugar está a penetrar na minha esfera, isso porque mais cedo ou mais tarde vou errar naquela "sliding door" e sem qualquer tipo de hesitação temporal a minha vida retomará o seu percurso.

O mal não está no lugar, mas em tudo em que a minha vida toca, o mal está em mim e propaga-se incontrolavelmente por todos aqueles que pensam que eu existo. Não me considero um parasita, mas não entendo o que sou, não consigo já corresponder a nada...nem mesmo à morte. De tudo em mim, só quero que o tempo deixe de pertencer ao passado...

Wednesday, June 08, 2005

A Discussão que não pode ter fundamentos...

Bem, quando mais velho fico (não sendo um sinal de mais inteligência), menos consigo encontrar referência para sustentar os nossos gostos, vontades e liberdades. Cada vez mais sinto que nada é eu enquanto um resultado puro de uma resposta a emocional a uma situação da realidade. Eu sei que gosto de certas cores porque assim aprendi, assim se tornaram hábito ou porque assim, num certo instante da minha vida, fez com que eu optasse por preferir certos elementos em detrimento de outros.
Daí que angustiado começo a entender que nada em nós é porque somos livres...a única liberdade que possuímos, se possuímos, é da sentir a dor fisica....

Saturday, June 04, 2005

Se a vida fosse apenas tridimensional...

Temos razões para pensar que vivemos, mas vivemos ser encontrarmos uma única razão para a vida. Falamos de amor, felicidade, honestidade, mas nada nos faz sentir agarrados ao mundo. Vivemos sim, nas nossas realidades, cidades, vilas, aldeias ou casas de campo (ou á beira mar), sem qualquer percepção do que nos faz respirar ou sentir.

Ok não posso falar em nós, porque não conheço um "nós", portanto corrijo, troco os pluriais pela primeira pessoa...

Apesar de diáriamente me sentir isolado e sozinho, vivo uma vida plena de amizades, amores e alegrias. Não morro á fome, não levo porrada, nem se quer tenho que acordar antes do nascer do sol para ir trabalhar (quando tenho que trabalhar). Mas as minhas angústias não residem na minha vida, mas sim no mundo que é exterior. Sofro porque não consigo entender como os outros se fazem felizes, ou como uma mãe se agarra ao filho sem perceber o tão egoísta que é...

Não tenho conhecimentos teóricos para falar o que falo...eu sei, sou um triste. Mas mesmo sem sentir pena de mim mesmo vivo na esperança que um dia, mas apenas um dia, irei chorar porque me sinto feliz... e aí, os portões da morte ir-se-ão abrir sem quaisquer tipo de receios para a minha pessoa.

Tuesday, April 05, 2005

As dimensões da minha inexistência

Oscilando entre as palavras de Eckhart Tolle e Blaise Pascal procuro preencher a minha alma com razões para existir. Sem racionalismos deixo-me à mercê do agora e busco o Ser dentro de mim, no agora e apenas no momento...claro está, é uma saga frustrante, e no meu interior encontro um vazio. Aqui racionalizo o meu espírito e desenvolvo-me a partir de um passado sem preconceitos, só para descobrir que tudo o que alcanço já existe e é me exterior.

Continuo a morar num vácuo, preso num presente que não me pertence, angustiado com o sangue que me corre nas artérias...

Monday, March 28, 2005

A febre de Sábado à noite

Um gajo vai a uma festa de ano, na festa conhece uma rapariga. Depois, a rapariga aproxima-se dele e diz-lhe que só vai para o jingo bells se ele for...No jingo bells ficam a conversar durante umas horas, para depois irem tomar o pequeno almoço a três (sim, porque a meio da noite a conversa deve-se ter tornado tão secante que a salvação foi, estratégicamente, convidar o jogador da bola lesionado para participar na conversa)num café manhoso. Aqui, o terceiro elemento dominou por completo a mesa com a sua conversa de bebêdo falsamente apaixonado (ou não...)pelo segundo segundo elemento.
Resumindo, o primeiro elemento (que é um amigo de um amigo meu...) voltou para casa sozinho e de boca seca, enquanto o coxo foi de boleia para casa com a rapariga. Foda-se, das duas uma, ou um gajo não sabe mesmo ler os sinais, ou então é um otário daqueles que come papel para se sentir mais leve.

Agora, fica-se por casa a tentar curar a febre, sem grande sucesso. A pensar no que fazer, se existe mesmo algo a fazer e a correr pelas memórias aqueles olhos verdes para que eles não percam a cor...

Sunday, March 20, 2005

O Deserto da Internet

É incrivel como se consegue estar isolado no interior do espaço mais acessivel do planeta...Apesar de virtual é cada vez mais real,complexo e idêntico ao nosso mundo fisico. As estradas transformam-se em backbones e routers, as ruas em www's, os carros em modems e o combustivel em energia eléctrica. No centro de tantas metamorfoses encontra-se o espirito humano que ao se adaptar a esta realidade (penso não ser errado considerar a internet já uma realidade) perde a noção da dimensão fisica que equilibra alma, a consciência e a vontade.



O problema não está no transporte do espirito para um patamar metafisico, primeiro porque antes da internet e de toda esta revolução tecnológica já existam humanos que controlavam as correntes da mente, e segundo porque apesar de virtual, a internet não necessita de uma elevação do espirito para se circular nela. É aqui que reside o desiquilibrio que mina o ser humano pois existir num espaço em que ao mesmo tempo comporta uma estrutura social, económica e cultural, e que por outro lado carece de uma troca directa de olhares é estranho, volátil e perigoso...e mesmo assim conseguimos encontrar cantinhos tão improváveis para onde pudemos fugir, gritar e sentir que ainda uma porção de nós é livre...1984

Friday, March 18, 2005

...e tudo porque queria fazer um comentário...

Para ser sincero, eu não quero sequer escrever um blog (que palavra já agora...), apenas ia fazer um comentário no blog de um amigo meu - comsenso.blogspot.com - (deves-me 10 euros pela publicidade Bruno...) , e fui empurrado a registar-me, a criar um blog, a escolher um template, bekesbekes, bekebekes... No fim senti uma vontade incontrolável de escrever alguma coisa (acho que nem sequer sou eu, estou é possuido como o outro que diz que jesus escreve por ele, ou então sofro de uma personalidade borderline...), qualquer coisa que pudesse mudar o mundo e quem sabe descobrir o meu eureka...

Mas no fundo, bem fundo, sei que só escrevo é merda, só digo é barbaridades e que não existe nada neste mundo que eu consiga alterar...

Boas ondas