A minha frequência de post´s está a aumentar. Assumo que este espaço impessoal e distante de certa forma conforta-me, e cria o afastamento que às vezes preciso de tudo o que se passa dentro de mim agora...Encontro-me numa nova realidade e por vezes surgem tantas novas coisas que preciso de me reconher.Não procuro fugir a nada, sei que isso é impossivel e que mais cedo ou mais tarde teria que lidar comigo mesmo. Escrever aqui não me trás alegria, não cresce nenhum amor dentro de mim e não desperta qualquer emoção em mim. Talvez seja mesmo por isso que alguns minutos por dia me dedico a este espaço. Enquanto escrevo a minha mente fica cheia de pensamentos vazios, ou vice-versa, dependendo do ponto de vista...
Voltando à minha pessoa, lembro-me de à 6 anos atrás ter prometido a mim mesmo nunca voltar a passar por aquela dor, aquela angústia cortante que me fazia por vezes perder os sentidos. De facto, aquela dor nunca voltou, o que sinto agora não tem nada de comparável com aqueles momentos. Nao é uma multiplicação dessa emoção, nem uma evolução exponencial - Rosa, compreendo agora quando me dizes que não existem emoções negativas, são todas fontes do mesmo algo, e esse algo é puro e imparcial. O seu nome não sei, talvez amor, mas sinceramente não consigo dar uma palavra a algo que não alcanço totalmente - A aquela dor no passado de facto podia ter me despertado, mas não, reagi fugindo para um mundo de alcool, drogas e prazeres imediatos...
No entanto passados 72 meses cresceu dentro de mim algo. Uma emoção tão intensa que para respirar preciso de todas as minhas lágrimas. Não consigo descrever toda a energia que flui pelo meu corpo, só estando cá, só sentindo... É como disse uma nova realidade, aonde tudo percorre exterior a mim. É isto o fundamental, saber que não sou, sentir que apenas estou... É por isso que digo que não ter referências interiores, nem viver fechado e centrado em mim é novo para a minha pessoa, e por vezes a minha mente foge ainda para este passado. Mas sei agora o que posso ganhar com os meus olhos bem abertos e livremente perco o receio...
Medo não posso ter, não quero que a minha alma volte a colapsar...
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