Thursday, April 29, 2010

Reverberações

Nunca desejaram congelar um momento no tempo, não porque por ser perfeito, ou agradável, mas por termos a certeza de ser único, sem possibilidades de repetição. Aquele momento em que o tempo nada nos deve, em que olhos pouco têm para voltar a ver, e a alma fica exposta e presente, fora de nós talvez. Aquele instante em que tudo cai no lugar, seja a chuva ou o calor do sol, seja o sal do mar. Naqueles segundos a terra continua a girar, mas ao nosso ritmo, somos nós que determinamos a sua distância ao sol, o seu lugar no universo, a cor do seu céu.
Ao Depois devemos uma nova memória, um sonho, estado de passado. Queremos fugir às suas interpretações, mas sempre que tocamos na sua tela, o pincel volta a deixar um movimento.

Sorrimos porque voltamo-nos a lembrar... nada mais é relevante.

Wednesday, April 28, 2010

Letting the good times roll!

Estava à procura de uns emails antigos por causa do meu portfolio, quando encontrei um que enviei ao meu irmão quando ele foi viver para a Alemanha. Até escrevo umas coisas engraçadas quando estou bem disposto:)



Então man? Nunca dás noticias! Devo ter que por a Reuters atrás de ti... Vamos fazer o seguinte, se deixares de dar noticias durante 3 dias, tácitamente fico autorizado a levar tudo o que me apetecer da tua casa, isto inclui, o computador, monitor, rato e teclado maravilha, amplificador e colunas (Tv nao, pq tenho uma maior, mas quem sabe para o quarto...), e tudo o resto que esteja dentro das capacidades fisicas de um homem sem auxilio a maquinaria de extração (mas de demolição sim!!!).
A sério dá noticias, ou melhor, a sério, vai pó c$%$%, e depois dá noticias...E quando tiveres uma casa, manda-me a morada, para eu ir aí passar uns dias ( podes responder que não, mas sinceramente estou me a cagar para a tua opinião... a sério, vai pó c$%$%, pronto agora já gosto de ti de novo).
Coisas sérias, estás interessado em alugar a tua casa á Nádia? Ela não sabe que te estou a perguntar, por isso não te sintas pressionado a dizer que sim, ela está à procura de uma casa para alugar em Lisboa e eu pensei em ti, visto estares para a Nazilândia...

Espero que estejas a divertir-te e que tudo corra bem.

Abraço grande
Luis "Borre The Body" (fdx a sério, só um estúpido como eu é que usava isto como alcunha nos jogos quando era puto) Barros


Luv you Bro!

Tuesday, April 27, 2010

"We caught feelings"

This is an expression that surely rises against love as that innocent, free-willed and random happening. It gets caught, not randomly shot by cupid, nor something that takes us over. We can capture it, we have the power, we stand as the strong owners of our hearts.

Then there is the flip side of the coin, if falling in love is a proactive intention, then, one can go unnoticed through it's ways. It is my choice, I´m free, I don't get caught, I don't want feel love if I don't need to...

The need to, the power of seizing love. Are we ready to have such responsibility? Because holding the power, means having the responsibility to be conscious about what goes on inside the soul. There is no running away, I have to surge against my angsts if I want my feelings towards someone to be my own.

As the world loses its mystic powers, and life gets pull of its mysteries, love becomes tangible, controllable and no longer self-driven...

Where's the beauty in that? If I can't be surprised, I can't feel alive...

Monday, April 26, 2010

Estado liquido

Dou ao vento estas palavras, para que possam encontrar o caminho até ti...

Aguardo o teu horizonte, sou egoista, quero-te só para mim.
As tuas lágrimas abraçam o meu corpo, corpo que dança a tua melodia,
Cedo á tua força sempre, mas não consigo respirar em ti.

Sejas dourada, coberta pelo manto que o pôr-do-sol te estende,
Estejas espelhada, invisível através do céu de um dia cinzento,
A tua beleza nunca se deixa tocar... ou até beijar.

Desejo ser embalado um dia na tua voz,
Sentir o desejo que o teu corpo levita,
Perder-me nas tuas curvas.

O teu ritmo faz pulsar a minha alma
O teu olhar inverte-me a gravidade
O teu toque corta-me os sentidos.

Existo ainda sem ti, nos dias que não vivo,
Fujo através da vida para não cair aos teus pés.
Sou egoista, quero morar no teu coração.

Wednesday, April 21, 2010

Apenas por um momento

No escuro transformo-me na minha própria sombra, incógnito e invisível. Encontro um estado que me é confortável, em que me posso expor, sem que ninguém saiba que eu existo. Depois desdobro o olhar sobre quem vai passando por mim, sem reparar em mim. Observo sem querer alterar o mundo, sem poder, sem resolução, nu.
Todos os dias invento uma sintaxe nova, fugo sempre para um mundo novo. Não falo, não comunico, não me deixo estar. Os desejos não são importantes, variáveis que morrem e nascem com os dias, aleatórios, fúteis, inseguro.

Ao fechar os olhos, descubro o meu próprio universo. Sem palavras, porque as memórias vivem das emoções, das imagens, das suas cores, melodias. Os nossos lugares são sempre perfeitos, são sempre nossos. Esferas que desenham outras esferas, que demolem arestas, que nos fazem voltar a abrir os olhos.

O sol olha de frente para mim, abraça-me com a sua luz, e tudo o que posso fazer é absorver a sua energia...

Friday, April 16, 2010

A Esquizofrenia do espaço

É um sono que nunca chega que transporta o meu corpo. "Estou todo partido" a minha mente simplifica, levando-me a pensar que afinal somos mais que um... Os meus pensamentos transformam-se em diálogos, multiplicam-se as vozes que tropeçam dentro de mim. Ressaltam as dúvidas, as angustias, os medos, as obrigações, desfiguram-se as horas, os lugares, os porquês.

Tenho sono, mas não apetece dormir, preciso de um despertador...